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Valve revela nova Steam Machine com hardware de nova geração e mira o futuro dos desktops com SteamOS

Compacta, potente e baseada no sucesso do Steam Deck, a nova Steam Machine retorna totalmente redesenhada e pronta para impulsionar um ecossistema de PCs voltados para jogos com SteamOS.

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Valve revela nova Steam Machine com hardware de nova geração e mira o futuro dos desktops com SteamOS
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A Valve mexeu profundamente com o mercado de hardware ao anunciar, nesta quarta-feira (12), a nova geração da Steam Machine — um retorno surpreendente ao projeto iniciado há dez anos, mas agora com uma abordagem completamente diferente. Longe de ser apenas um console, o dispositivo está sendo tratado pela empresa como a base para um novo ecossistema de desktops rodando SteamOS, o sistema operacional da Steam.

A proposta é ambiciosa. Enquanto a Steam Machine original era um conjunto descentralizado de máquinas produzidas por diversas fabricantes e rodando um sistema inspirado no Windows, a nova versão segue um caminho mais controlado. Agora, a Valve é responsável tanto pelo software quanto pelas especificações do hardware, definindo um modelo inicial pensado para oferecer desempenho competitivo, simplicidade e flexibilidade — tudo o que se espera de um console, mantendo a alma de um PC.

Inspirada pelo sucesso do Steam Deck

De acordo com o engenheiro Yazan Aldehayyat, a inspiração direta vem do Steam Deck. O portátil provou que existe uma grande demanda por uma forma prática e versátil de acessar a biblioteca de jogos da Steam, aliada a certa liberdade de personalização.

Essa filosofia retorna com força na nova Steam Machine. O aparelho utiliza o mesmo sistema SteamOS 3, com a camada de compatibilidade Proton, essencial para rodar títulos desenvolvidos originalmente para Windows no ambiente Linux. Na prática, isso significa que o catálogo da Steam permanece acessível como em qualquer PC tradicional, mas com a conveniência de uma interface de console.

Design compacto, hardware potente e foco em desempenho

A nova Steam Machine foi apresentada com um design minimalista no formato de cubo, lembrando um Xbox Series X reduzido. O corpo mede 156 x 152 x 162,4 mm e pesa 2,6 kg, trazendo um painel frontal magnético personalizável e uma faixa RGB que exibe informações como progresso de download e status da máquina.

Internamente, o hardware segue a receita do Steam Deck e aposta em componentes AMD semicustomizados:

  • CPU Ryzen (Zen 4) – 6 núcleos, 12 threads, até 4,8 GHz, TDP de 30 W
  • GPU Radeon RDNA 3 – 28 CUs, até 2,45 GHz, 8 GB GDDR6, TGP de 110 W
  • 16 GB de RAM DDR5
  • Armazenamento NVMe M.2 2230 (512 GB ou 2 TB) com suporte a upgrade para 2280

Rumores indicam que a CPU é baseada nos Ryzen 8040 “Hawk Point” para notebooks, enquanto a GPU seria derivada da RX 7600M. O desempenho estimado deve ficar levemente abaixo do PlayStation 5, mas com ganhos no processamento graças à arquitetura mais moderna.

O conjunto vem acompanhado de uma ampla variedade de conexões:

  • Wi-Fi 6E e Bluetooth 5.3
  • RJ-45 de 1 Gbps
  • DisplayPort 1.4 (4K 240 Hz, HDR, VRR)
  • HDMI 2.0 (4K 120 Hz, HDR, VRR)
  • Diversas portas USB-A e USB-C
  • Leitor de microSD
  • E um transmissor dedicado para o novo Steam Controller

Tudo isso rodando no SteamOS 3, que permite hibernar jogos, alternar entre modo console e desktop com KDE Plasma e usar o dispositivo como um PC convencional.

O novo Steam Controller: mais moderno, mais preciso e com foco em imersão

Junto ao console/mini PC, a Valve revelou o novo Steam Controller. Diferente do modelo antigo, ele se aproxima mais do visual do Steam Deck e até do clássico controle Duke, do Xbox original, mantendo ergonomia aprimorada.

Entre os principais destaques estão:

  • Analógicos magnéticos TMR, praticamente imunes a drift
  • Quatro motores lineares para vibração HD, estilo DualSense
  • Trackpads característicos da Valve
  • Superfícies com toque capacitivo e giroscópio para mira
  • Latência de apenas 8 ms via transmissor magnético (puck)
  • Compatibilidade com qualquer dispositivo que rode Steam ou Steam Link
  • Autonomia de até 35 horas

Abertura para fabricantes — mas com desafios

Embora só tenha apresentado seu próprio hardware, a Valve já deixou claro que espera ver outras empresas criando seus próprios desktops SteamOS. A visão é transformar o sistema em uma alternativa real ao Windows para jogos, algo que a comunidade tenta há anos.

Mas o caminho não é simples. A Valve avisou que a integração pode ser complicada para terceiros, especialmente porque a nova Steam Machine usa uma solução de drivers proprietária desenvolvida em parceria com a AMD. Ainda assim, há otimismo dentro da empresa sobre como o mercado pode reagir.

Um passo estratégico para desafiar o Windows

A grande aposta por trás dessa nova geração é a liberdade típica do PC. O usuário poderá montar sua própria máquina, instalar o SteamOS e personalizar o sistema como quiser — algo que pode finalmente impulsionar o Linux no setor de jogos.

Lançamento, preço e disponibilidade

A nova Steam Machine e o novo Steam Controller chegam no início de 2026. A Valve não revelou preços, mas afirmou que serão valores “competitivos com um PC de especificações similares”.

Seguindo o histórico do Steam Deck, é provável que o dispositivo não seja lançado oficialmente no Brasil em um primeiro momento. Mesmo assim, a expectativa é que o público consiga importar o aparelho com relativa facilidade.

Sources:
Marcus é o fundador da Seletronic. Além disso, é programador, e editor no site. Ama ajudar as pessoas a resolverem problemas com tecnologia, por isso criou esse site. Segundo ele: "A tecnologia foi feita para facilitar a vida das pessoas, então devemos ensinar a usá-la". Apesar de respirar tecnologia, ama plantas, animais exóticos e cozinhar.

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