MacBooks Podem Voltar a Ter “Intel Inside” — Mas Por um Motivo Inesperado
Rumores indicam que a Apple pode usar fábricas da Intel para produzir seus chips M de entrada a partir de 2027
A transição da Apple para o Apple Silicon marcou uma guinada histórica: depois de 14 anos de dependência da Intel, os MacBooks passaram a utilizar processadores próprios baseados na arquitetura ARM, trazendo ganhos significativos em desempenho e eficiência. Porém, novos relatórios da cadeia de fornecimento sugerem uma reaproximação improvável entre as duas gigantes — e que o emblemático selo Intel Inside pode regressar aos MacBooks, ainda que com um novo significado.
Segundo informações do analista Ming-Chi Kuo, a Apple estaria a negociar com a Intel a possibilidade de utilizar as instalações da empresa como foundry para fabricar chips de entrada da série M, com início de produção estimado para 2027. Diferente dos tempos pré-2020, a Intel não forneceria o design nem a arquitetura do processador — apenas a infraestrutura avançada de fabricação.
Um “Intel Inside” Totalmente Redefinido
Caso o acordo avance, a expressão “Intel Inside” deixaria de significar tecnologia da Intel movendo o MacBook, tornando-se uma referência puramente ao processo de fabricação. Ou seja, os chips continuariam a ser criados pela Apple, mas produzidos fisicamente em fábricas da Intel.
A potencial parceria representa um marco importante para ambos os lados:
- Para a Intel, seria um avanço crítico na sua estratégia de expansão como fornecedora de serviços de fabricação para terceiros, numa tentativa de competir diretamente com a TSMC, hoje líder absoluta do setor.
- Para a Apple, significaria diversificação da cadeia de fornecimento — fator cada vez mais relevante diante de tensões geopolíticas e incertezas na indústria de semicondutores.
Rivalidade e Cooperação em Nova Fase
Mesmo que o desempenho e as especificações dos futuros Apple Silicon permaneçam inalterados, a ideia de ver a Intel envolvida novamente na produção de MacBooks cria um novo capítulo nessa relação marcada por competição direta, afastamento estratégico e agora, possivelmente, colaboração técnica.
Uma união improvável, mas que pode redefinir discretamente os bastidores da produção de MacBooks nos próximos anos.