Bateria orgânica que não pega fogo nem explode é criada por cientistas

Além de eficiente, e mais segura a bateria usa material barato que pode tornar o preço final vantajoso

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Bateria orgânica que não pega fogo nem explode é criada por cientistas
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Usando eletrodos feitos de madeira laminada e um eletrólito à base de água, pesquisadores da Universidade Linköping, na Suécia criaram um novo tipo de bateria orgânica eficiente, que não pega fogo nem explode como as baterias que conhecemos atualmente a base íon-lítio. E o melhor de tudo é que essa nova tecnologia de armazenamento de energia é mais barata e sustentável, o que pode custar menos para o usuário final, e degradar menos a natureza.

A tecnologia da bateria já foi patenteada e será comercializada pela empresa Ligna Energy AB, que já recebeu o prêmio de melhor “Startup for Climate”, durante a recente reunião da COP26 em Glasgow.

Eficiente

O professor Xavier Crispin e seus colegas do Laboratório de Eletrônica Orgânica da Universidade de Linköping desenvolveram um conceito de armazenamento de energia em grande escala que é seguro, barato e sustentável. A potência potencial de saída é suficientemente alta para que a tecnologia mantenha o equilíbrio de energia no fornecimento de eletricidade.

“Nossos resultados permitem o armazenamento seguro e ambientalmente sustentável de energia orgânica com alta densidade de potência, 5 kW / kg, onde os eletrodos são fabricados a partir de material à base de madeira em uma impressora tipográfica. Devemos, no entanto, aumentar a densidade de energia: nossas baterias orgânicas são melhores do que os supercapacitores normais e têm quase o mesmo desempenho das baterias de chumbo-ácido. Mas as baterias de íon-lítio são melhores ”, diz Xavier Crispin.

O eletrólito aqui é visto na forma de um gel, enquanto a base preta é um eletrodo de lignina de grande área revestido em um coletor de metal.

Eletrodos orgânicos

Os maravilhosos resultados apresentados sobre a nova bateria se em duas descobertas: um novo tipo de eletrólito à base de água e eletrodos feitos de lignina, que é um subproduto barato da fabricação de papel, prontamente disponível. Os pesquisadores desenvolveram um polieletrólito que consiste em um polímero à base de água altamente concentrado, poliacrilato de potássio, juntamente com lignina de biopolímero (como eletrodo positivo) e poliimida misturada com carbono condutor (como eletrodo negativo).

“A queda de tensão, que mede a autodescarga, é inferior a 0,5 V em 100 horas, o que é um recorde mundial para armazenamento de energia com eletrodos orgânicos em eletrólitos de base aquosa”, diz Xavier Crispin.

Mais barata

A nova tecnologia desse tipo de bateria usa matéria-prima barata: nem a lignina, o carbono nem o polieletrólito custam mais de 1 USD / kg (R$ 5,60 reais na cotação de hoje). Além disso são materiais prontamente disponíveis e não inflamáveis, e a tecnologia pode ser ampliada para baterias grandes. É uma solução sustentável para armazenamento seguro e em grande escala de energia.

 

Marcus é o fundador da Seletronic. Além disso, é programador, e editor no site. Ama ajudar as pessoas a resolverem problemas com tecnologia, por isso criou esse site. Segundo ele: "A tecnologia foi feita para facilitar a vida das pessoas, então devemos ensinar a usá-la". Apesar de respirar tecnologia, ama plantas, animais exóticos e cozinhar.

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