Até mesmo o influenciador digital e apoiador fervoroso do atual governo, Felipe Neto, surpreendeu seus seguidores ao expressar seu descontentamento em relação à proposta de taxação de compras internacionais abaixo de U$ 50. Conhecido por sua lealdade atual ao governo, Neto classificou a medida como uma “burrice sem fim” e lamentou a falta de visão estratégica na comunicação governamental.

Em suas redes sociais, o influenciador argumentou que a taxação não apenas não geraria uma arrecadação relevante, como também forneceria munição à oposição. “Vai prejudicar muito a percepção do povo sobre a gestão. Inacreditável a falta de visão sobre comunicação”, declarou Felipe Neto. Sua crítica pareceu estar mais centrada nas implicações políticas do que nas potenciais dificuldades que a medida poderia impor aos cidadãos de baixa renda.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) confirmou a possibilidade de retorno do imposto durante um evento promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na última terça-feira (28). Alckmin, que também é ministro do MDIC, defendeu a taxação, enfatizando, no entanto, que a medida ainda está em análise pela equipe econômica.

A proposta de taxação de compras internacionais abaixo de U$ 50 tem gerado intensos debates, dividindo opiniões não apenas entre os políticos, mas também entre apoiadores do governo. A discussão sobre os impactos reais dessa medida e sua aceitação pela população promete se intensificar nos próximos dias.