Dead Drops: Conheça os pendrives publicos “acimentados” pelo Mundo

Conheça os Dead Drops: Compartilhamento Anônimo e Descentralizado de Dados

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Dead Drops: Conheça os pendrives publicos “acimentados” pelo Mundo
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Os Dead Drops representam uma abordagem descentralizada e anônima para compartilhar dados, literalmente colocando pendrives em paredes pelo mundo, contrastando com a centralização da computação em nuvem. Enquanto hoje em dia os serviços de nuvem estão sobre dos dados, os Dead Drops proporcionam anonimato relativo, mas também apresentam riscos de segurança e limitações físicas. Neste artigo vamos ver essas abordagens, quem inventou essa arte, e como os Dead Drops estão espalhados pelo mundo.

O que são Dead Drops são?

Dead Drops são dispositivos de armazenamento de dados físicos que foram instalados em locais públicos, como paredes, postes ou calçadas. Eles são utilizados para compartilhar informações digitalmente de forma anônima e descentralizada.

A ideia é simples: uma pessoa coloca um dispositivo de armazenamento de dados, como um pen drive USB ou cartão de memória, em um local público acessível, pode ser preso com cimento em uma fenda em uma parede, em um cadeado em uma grade ou mesmo debaixo de um banco de parque. Dessa forma outra pessoa pode ir ao mesmo local e acessar o dispositivo para ler ou gravar dados. Isso permite que as pessoas compartilhem informações sem precisar se encontrar pessoalmente, mantendo assim a identidade de ambos os participantes anônima.

Dead Drops podem ser utilizados para compartilhar uma variedade de conteúdos, desde documentos e imagens até música e vídeos. A prática pode ser vista como uma forma de comunicação clandestina ou como uma maneira de promover a liberdade de expressão e o compartilhamento de conhecimento de forma anônima e independente.

Quem inventou os Dead Drops?

A ideia dos Dead Drops foi concebida pelo artista alemão Aram Bartholl em 2010. Bartholl instalou o primeiro Dead Drop em Nova York como parte de um projeto de arte chamado “Dead Drops”. Ele viu isso como uma forma de explorar questões relacionadas à privacidade, compartilhamento de informações e cultura digital.

O motivo por trás dos Dead Drops era criar uma plataforma de compartilhamento de arquivos descentralizada e anônima, contrastando com os métodos convencionais de compartilhamento digital, como enviar arquivos por e-mail ou armazená-los em servidores na nuvem, que muitas vezes envolvem rastreamento de atividades e perda de privacidade. Bartholl viu os Dead Drops como uma forma de recuperar um pouco dessa privacidade perdida na era digital, permitindo que as pessoas compartilhassem informações de forma mais discreta e pessoal. Além disso, ele queria desafiar as noções tradicionais de propriedade intelectual e a centralização do controle sobre a distribuição de informações. Ele criou um site publico onde é possivel acompanhar onde estão espalhados os pendrives pelo mundo, como fazer parte desse projeto e outras informações importantes. O site do projeto é: https://deaddrops.com/

O Perigo em usar Dead Drops

Apesar de muito legal, os Dead Drops podem apresentar diversos riscos que devem ser considerados pelos usuários. Primeiramente, a segurança dos dados é uma preocupação central. Como esses dispositivos são físicos e acessíveis ao público, não há garantia de que os dados armazenados permanecerão seguros. Existe a possibilidade de que os dados sejam corrompidos, alterados ou até mesmo removidos por pessoas não autorizadas, comprometendo assim a integridade das informações.

Outro risco significativo é a possibilidade de infecção por malware e vírus. Os dispositivos de armazenamento utilizados nos Dead Drops podem ser alvo de ataques, resultando na instalação de software malicioso. Isso poderia comprometer a segurança dos dados dos usuários que acessam esses dispositivos, colocando em risco informações pessoais e confidenciais.

Outra coisas importante a lembrar é que mesmo que os Dead Drops ofereçam um certo grau de anonimato, ainda existe o risco de vigilância por parte de autoridades governamentais ou outros interessados. As pessoas que utilizam esses dispositivos podem ser monitoradas enquanto acessam ou compartilham informações, especialmente se estiverem em locais públicos, o que pode comprometer a privacidade dos usuários.

Os Dead Drops também abrem espaço para o compartilhamento de conteúdo ilegal. Isso pode incluir material protegido por direitos autorais, pornografia, informações confidenciais ou material de natureza violenta ou prejudicial. O uso indevido dos Dead Drops para esse fim pode resultar em consequências legais sérias para os envolvidos.

Se for usar Dead Drops, é importante que fique ciente dos riscos associados ao uso desses dispositivos e tome medidas adequadas para proteger sua segurança e privacidade, como utilizar tecnologias de criptografia e evitar acessar conteúdo suspeito ou ilegal. Participar do uso de Dead Drops pode implicar em responsabilidade legal, especialmente se os dados compartilhados ou acessados violarem leis de direitos autorais, privacidade ou segurança.

Dead Drops Espalhados pelo Mundo

Os Dead Drops não estão em todos os lugares do mundo, mas foram instalados em diversos países ao redor do globo. Desde que Aram Bartholl iniciou o projeto em 2010, Dead Drops foram registrados em várias cidades em diferentes países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Brasil, Japão e muitos outros.

A presença de Dead Drops varia significativamente de acordo com a região e a comunidade local. Alguns lugares podem ter uma densidade maior de Dead Drops devido ao interesse e engajamento da comunidade artística ou tecnológica, enquanto outros podem ter poucos ou nenhum.

Dead Drops geralmente são mais comuns em áreas urbanas onde há uma cena artística vibrante, uma comunidade de hackers ou uma cultura de compartilhamento de informações que vai contra o monopólio de grandes corporações. No entanto, eles também podem ser encontrados em áreas mais remotas ou menos populosas, dependendo do interesse e da iniciativa das pessoas locais.

Para encontrar Dead Drops e participar do projeto, basta acessar o site oficial do projeto, que oferece um mapa com os locais onde os dispositivos estão instalados ao redor do mundo. O site fornece informações sobre como o projeto funciona e orientações para aqueles que desejam participar: https://deaddrops.com/

Marcus é o fundador da Seletronic. Além disso, é programador, e editor no site. Ama ajudar as pessoas a resolverem problemas com tecnologia, por isso criou esse site. Segundo ele: "A tecnologia foi feita para facilitar a vida das pessoas, então devemos ensinar a usá-la". Apesar de respirar tecnologia, ama plantas, animais exóticos e cozinhar.
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