O Que é “Cria” e “Pose de Cria” nas redes sociais?
"Cria" e "Pose de cria": Expressão visual adotada por alguns jovens pode trazer muitos riscos
Nos últimos tempos, termos como “cria” e “pose de cria” têm se destacado nas redes sociais, especialmente no TikTok e Instagram. Essa expressão tornou-se uma tendência entre os jovens, refletindo não apenas um estilo visual, mas também uma atitude associada à cultura do crime. Neste artigo, exploraremos o significado desses termos, o que está envolvido na “pose de cria” e os potenciais perigos desse costume para os jovens.
O Que é “Cria”?
“Cria” é uma gíria que se originou em comunidades cariocas, especialmente no contexto das favelas do Rio de Janeiro, Brasil. O termo é utilizado para se referir a pessoas que têm algum vínculo com uma comunidade específica. Esse vínculo pode ser cultural, geográfico ou social. No entanto, é importante notar que a palavra pode ter diferentes significados dependendo do contexto.
Em algumas situações, “cria” é associado à cultura do crime, referindo-se a indivíduos envolvidos em atividades criminosas ou ligados a facções criminosas. Nesse contexto, o termo pode ser utilizado para descrever pessoas que têm um papel ativo na dinâmica criminal de uma comunidade. E é aqui que precisamos entender o que é “Pose de Cria“.
O Que é “Pose de Cria”?
A “pose de cria” ou “foto de cria” refere-se a uma expressão visual adotada por alguns jovens que se identificam com a cultura do crime. Essa pose geralmente envolve a pessoa escondendo o rosto com as mãos, tentando transmitir uma imagem intimidadora. É comum ver essa prática em fotos compartilhadas em redes sociais, como Instagram e TikTok, onde os jovens buscam representar um estilo de vida associado a estereótipos da cultura do crime.
A ostentação de roupas caras, o consumo de substâncias como álcool, drogas e cigarros, bem como o destaque para marcas específicas, camisas de times associadas a facções, e o uso exagerado de acessórios, como correntes e relógios muitas vezes de ouro ou simulando ouro, são características comuns em fotos ao estilo “pose de cria“. Esses elementos visuais são frequentemente utilizados para transmitir uma imagem de status, poder, afiliação a certos grupos ou estilos de vida.
Ambos os termos, “cria” e “pose de cria”, têm origens na realidade das comunidades cariocas, mas é importante notar que o uso dessas expressões pode variar amplamente, e nem toda pessoa que se identifica como “cria” está necessariamente envolvida em atividades criminosas.
As frases de “Cria” na bio
Além das roupas e estilo das fotos, é comum os jovens que se identificam com a cultura do crime incluírem frases na bio de suas redes sociais, conhecidas como “frases de cria”. Essas frases muitas vezes enaltecem comportamentos socialmente degradantes, podendo incluir expressões de desafio às normas sociais, glorificação da violência, exibição de poder e afiliação a grupos específicos.
Essas frases são parte integrante da construção da identidade online desses jovens, refletindo a subcultura à qual desejam pertencer. As redes sociais proporcionam um espaço onde eles podem expressar sua adesão a certos valores, mesmo que controversos, e se conectarem com outros que compartilham a mesma identidade.
Os ricos da “pose de cria” na cultura online
A adoção de fotos com “pose de cria” nas redes sociais, onde os indivíduos tentam parecer intimidadores ou associados à cultura do crime, pode apresentar vários riscos e potenciais consequências negativas. Alguns desses perigos incluem:
1. Estigmatização Social
A busca por uma imagem associada à cultura do crime pode levar à pessoa a ser vista como praticante de delitos. As pessoas podem formar opiniões negativas, associando automaticamente o indivíduo a comportamentos criminosos, o que pode impactar suas relações pessoais e profissionais.
2. Consequências Legais
A representação de uma imagem intimidadora, especialmente se associada a atividades criminosas, pode chamar a atenção das autoridades. Isso pode resultar em uma maior vigilância policial, levando a investigações e potencialmente a consequências legais caso o indivíduo realmente pratique atos ilegais.
3. Impacto na Educação e Emprego
Muitas instituições educacionais e empregadores pesquisam as redes sociais de candidatos. A presença de fotos com “pose de cria” pode prejudicar oportunidades educacionais e profissionais, já que muitas organizações buscam candidatos com uma imagem positiva.
4. Influência Negativa Sobre Jovens
A exposição constante a imagens que glorificam a cultura do crime pode influenciar negativamente outros jovens. Isso pode levar a comportamentos de risco, à glorificação da violência e à adoção de uma atitude desafiadora. Isso, por sua vez, pode gerar uma resistência às normas sociais estabelecidas, comprometendo o desenvolvimento saudável e responsável.
5. Riscos a Segurança Pessoal
Expor publicamente uma imagem associada à cultura do crime pode atrair a atenção indesejada de indivíduos ou grupos envolvidos nesse comportamento, colocando em risco a segurança pessoal. Isso inclui ameaças, intimidacões, conflitos, rivalidades e possível retaliação de grupos rivais. Além disso, a exposição pode expor o indivíduo a atividades criminosas, aumentando os riscos associados à sua segurança. É vital que as pessoas compreendam os perigos dessa exposição online e considerem cuidadosamente as consequências para mitigar riscos potenciais.
Como os pais e responsáveis podem ajudar?
O aconselhamento e a vigilância dos pais e responsáveis desempenham papéis fundamentais na orientação dos jovens para evitar comportamentos inadequados nas redes sociais. Estabelecer uma comunicação aberta é crucial, proporcionando um ambiente em que os jovens se sintam à vontade para compartilhar suas experiências e preocupações. Além disso, oferecer educação digital é essencial, fornecendo orientações sobre o uso responsável das redes sociais e destacando os impactos dessas interações na reputação pessoal e nas relações sociais.
Demonstrar as reais consequências de comportamentos inadequados online é uma estratégia eficaz. Exemplos tangíveis podem ilustrar os riscos legais e sociais associados a determinadas ações online. Estabelecer limites claros em relação ao uso das redes sociais também é vital, com discussões sobre o tipo de conteúdo apropriado para compartilhar online.
O monitoramento ativo das atividades online dos jovens não apenas proporciona uma supervisão responsável, mas também cria um ambiente mais seguro na internet. Promover uma autoestima positiva é crucial para que os jovens se sintam valorizados independentemente da validação online. Incentivar alternativas construtivas, como participação em atividades offline, oferece uma saída positiva para a expressão pessoal.
Modelar comportamento online positivo é uma abordagem eficaz. Os pais devem ser modelos exemplares de comportamento ético online, demonstrando como manter uma presença online saudável. Estabelecer consequências claras para comportamentos inadequados é uma prática importante, com restrições no uso da internet ou dispositivos sendo exemplos possíveis. Participar ativamente na vida online dos jovens, conhecendo as plataformas que utilizam e estando ciente das tendências online, permite uma orientação mais informada. Em conjunto, essas estratégias contribuem para a promoção de um comportamento online responsável e para a proteção dos jovens contra os riscos associados à exposição inadequada nas redes sociais.